NOSSA MISSÃO NA OBRA DE DEUS
“Convocando os doze, Jesus lhes deu poder e autoridade sobre todos os demônios, e para curarem doenças”. (Lc 9:1/6 )
Baseando-nos no texto, podemos extrair alguns pontos quando Deus chama alguém à sua vocação.
1º) CONVOCAR
Em primeiro lugar Deus escolhe, separa, convoca – convoca-nos para exercermos nossa vocação dentro da Sua obra.
2º) PODER
Em segundo lugar atribui poder.
“Toda autoridade me foi dada no céu e na terra. Portanto, ide e fazei discípulos de todas as nações... Ensinando-os ... (MT 28:18/29), porque, como diz o texto, toda autoridade e poder foi conferido a Jesus, o qual não reteve somente para si, mas repassou para nós. Entretanto, esse fator somente é possível quando aceitamos a Cristo; a partir daí somos transportados do reino das trevas para o reino da luz, quando então passamos a habitar outro reino – o Reino de Deus.
3º) AUTORIDADE
Em terceiro lugar, lega-nos autoridade, isto é, reveste-nos de legalidade para que possamos exercer o poder.
Em Atos dos apóstolos, capítulo 1, Jesus pede aos discípulos que não se ausentem de Jerusalém, mas que ali esperem até que o Espírito Santo desça sobre eles, revestindo-os de poder e autoridade.
Neste ponto podemos fazer uma comparação: quando um soldado está a paisana, sem o seu uniforme de trabalho, ele se apresenta como uma pessoa comum, mas a partir do momento em que veste sua indumentária, ele passa a exercer autoridade. Assim ele é revestido de poder e autoridade para cumprir a lei. Aquela farda representa autoridade.
O mesmo acontece no mundo espiritual. Nós temos uma farda, ainda que não possamos ver. Fomos selados. Recebemos de Deus, um selo. Os demônios sabem a quem pertencemos, temem e obedecem ao Espírito Santo que habita em nós.
Desta feita, não importa para que Deus nos tenha convocado mas o chamado tem que alcançar almas, uma vez que todos os dons que recebemos de Deus, tem de convergir para a expansão do Reino, razão pela qual Deus nos reveste de autoridade e poder para exercermos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, nossa vocação.
4º) DEPENDÊNCIA
Em quarto lugar, Deus nos pede para sermos dependentes dele (Lu 9:3), uma vez que nossas habilidades naturais não são suficientes para fazer a Obra de Deus. Elas são apenas instrumentos – temos sim de dependermos de Deus, para que Ele venha a agir em nós.
5º) ESTAR CONTENTE
Propagar, de boa vontade o que Deus nos tem reservado. Jamais nos aborrecermos com as adversidades, com as contrariedades encontradas no caminho, no caminhar, mas olhar para Deus, como Paulo tão bem exorta: “pois aprendi a estar satisfeito com o que tenho...” (Fl 4:11)
6º) RESULTADOS
Jesus nos diz para que não nos preocupemos com os resultados.
“Onde quer que não vos receberem, ao sairdes daquela cidade, sacudi a poeira dos vossos pés como testemunho contra eles”. (Lu9:5)
Temos de ser obedientes, isto é o que Deus nos pede, pois o Senhor não nos cobra para que convertamos as pessoas, mas sim que preguemos o Evangelho.
7º) DISCÍPULOS
Jesus ensina que devemos ser seus propagadores – ensinemos aquilo que dele aprendemos através de Sua Palavra, quando diz aos discípulos: -
“Portanto, ide e fazei discípulos de todas as nações...” (MT 28:19).
Semelhantemente a Paulo, quando fala a Timóteo (2Ti 2:1/2) para que este se fortifique na graça, que esteja rodeado por pessoas idôneas, para também serem ensinadas e que estas, por sua vez possam também ensinar. Discípulo se faz ensinando com a própria vida. Na prática, vendo as pessoas fazerem; dando seu próprio exemplo.
Ao não pensarmos na possibilidade de fazer discípulos, julgo que alguns pontos podem ser apontados: um deles pode se dar ao fato de não se querer envolvimento, ou até quem sabe, buscar se adaptar às situações, as mudanças ocorridas na sociedade.
8º) CONCLUSÃO
O Senhor nos chama para fazermos discípulos, assim, todo o conhecimento adquirido, não se deve ser guardado. Temos de estar abertos e aptos quando Deus nos convoca à ação. Jesus mesmo nos disse que obras como a que Ele estava fazendo, nós poderíamos fazer e ainda melhor. Portanto, fazer discípulos requer muito mais de nossas vidas. Temos de ser rápidos e abertos às mudanças.
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Apontamentos e formatação de Inajá Martins de Almeida